Os dados do Deter revelam, ainda, que em maio de 2011 o desmatamento na Amazônia superou os números dos anos de 2009 e 2010 para o mesmo mês. Porém, com a ressalva de que em anos anteriores, o sistema de detecção captou áreas maiores que as atuais (2,92 Km² ), contra áreas de menos de um quilômetro quadrado este ano. Isso demonstra que a tendência dos desmatadores é cortar áreas cada vez menores em maior número.
O Ibama colocou 400 fiscais somente no Mato Grosso, nas áreas mais sensíveis, realizando operações onde havia crescimento registrado pelo sistema de monitoramento. O estado continua respondendo pelas maiores taxas de desmatamento. Em maio foram 93,67 Km², cerca de 35% do total. Em segundo lugar veio Rondônia, com 67,17 Km². Os municípios que mais desmataram foram Porto Velho (RO), com 41,8 Km² , seguido de Altamira, no Pará, com 21,3 Km² .
Além disso, sete novos municípios foram incluídos na lista dos maiores desmatadores, sujeitos a medidas especiais de fiscalização, que subiu para 48.
O número de alertas emitidos para orientar o Ibama nas fiscalizações dobrou, o que indica que os satélites conseguiram captar com mais precisão as imagens do desmatamento na Amazônia. O tempo mais aberto permitiu uma melhor visualização. De janeiro a junho deste ano foram embargados 500 Km² na região e apreendidos mais de 30 caminhões de toras de madeira ilegal.
O recuo de 477,2 Km², para 267,9 Km² é explicado pelo Ministério do Meio Ambiente como consequência das duras medidas adotadas nos meses de março e abril pelo Gabinete de Crise. Formado em março, após o anúncio de crescimento do desmate, a força tarefa integrada pelo Ibama, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança e o Exército, intensificou suas ações tanto no combate ao desmatamento ilegal, quanto no patrulhamento das rodovias por onde a madeira ilegal é transportada.
O desmatamento na Amazônia caiu 44% em maio se comparado com o mês de abril deste ano. Os dados, divulgados nesta quinta-feira são do Sistema Deter, do Inpe, que mede o corte raso e a degradação da floresta em tempo real. A área desmatada, captada pelos satélites que monitoram o bioma, registrou uma redução este mês de mais de 200 Km², o que aponta uma tendência de queda.