A dupla face do trabalho
O trabalho pode ser concebido de duas maneiras: a partir de suas características mais gerais, que independem do modo de produção de mercadorias e que, portanto, são intrínsecas à sua natureza; ou a partir das formas históricas que vai assumindo, de acordo com o desenvolvimento das forças produtivas, ou seja, com base na forma concreta que assume em um determinado modo de produzir mercadorias. Estas duas concepções não se opõem, e sim guardam uma relação dialética entre si, em que, ao mesmo tempo, se negam e se afirmam, configurando a dupla face do trabalho: qualificador, prazeroso e, simultaneamente, desqualificador, explorador, causador de sofrimento.
Para compreender as possibilidades e os limites da intervenção social e da realização profissional e pessoal por meio do trabalho, torna-se necessário caracterizar a relação dialética que configura esta dupla face, como os dois lados da mesma moeda que compõem uma totalidade por contradição.
Em sua concepção geral, o trabalho é o processo através do qual o homem transforma a natureza, os outros homens e a si mesmo, tendo em vista construir as condições necessárias à sua sobrevivência, não apenas como indivíduo, mas também como humanidade (Kuenzer, 1985).
Professora Doutora da UFPR, Acácia Zeneida Kuenzer
O texto traz para a dialética duas características que mostram o nosso atual mercado de trabalho,leiam a matéria na íntegra. Achei o texto meio científico, porém o tema muito interessante, parabéns Dr. e profº Jair pela escolha. Resumo o meu entedimento do texto, a saber, nós percebermos o nosso trabalho como compensador e importante ou pensar ser mais uma ferramenta de trabalho cujo objetivo é produzir mais.
ResponderExcluirHigo Moreira
Discente de Tec. Em Seg. do Trabalho