Ao menos nove cidades no Irã
estão, há 10 dias, cobertas por uma espessa névoa marrom. E essa nuvem de
poluição vem sendo culpada pela morte de centenas de pessoas no país.
Segundo o ministério da Saúde
do país, cerca de 4.460 pessoas morreram em decorrência da poluição nos
primeiros nove meses do ano passado, apenas na capital Teerã.
No auge da crise, as
internações em hospitais aumentaram em pelo menos um terço e os corredores de
clínicas estão lotados de pessoas com dificuldade para respirar, especialmente
crianças e grávidas em busca de tratamento.
O escritório da BBC em Teerã,
localizado em uma área mais elevada da capital, normalmente tem uma vista clara
de toda a cidade. Mas nos últimos dias, é possível ver apenas o contorno dos
prédios mais altos e uma visão turva da torre de comunicação Milad.
Caminhar pelas ruas de Teerã é
impossível sem usar uma máscara cirúrgica cobrindo o nariz e a boca. Mas os
olhos lacrimejam e a garganta arde por causa de uma mistura de poluentes,
formada por partículas contendo chumbo, benzeno e dióxido de enxofre.
Doenças respiratórias e câncer
Abarrotada de carros e cercada
de fábricas e usinas, Teerã é conhecida por sua poluição, particularmente nos
invernos secos, sem muito vento, como o atual. Mas a qualidade do ar vem
piorando recentemente e está pior do que nunca.
Segundo estudos, Teerã tem
menos de 100 dias saudáveis por ano. Segundo o ministério da Saúde, houve um
aumento na incidência de doenças respiratórias e ligadas ao coração, assim como
diversos tipos de câncer, relacionados à poluição.
Por ano, os 5,5 milhões de
veículos na cidade despejam cerca de cinco milhões de toneladas de gás
carbônico e outros gases na atmosfera.
Alguns especialistas acreditam
que o combustível produzido no país é de baixa qualidade e isso teria agravado
a poluição. O governo nega.
Órgãos públicos, escolas e
bancos reabriram neste domingo, após o governo ter decretado o fechamento
dessas instituições por cinco dias, para reduzir a poluição crônica.
Rodízio
Enquanto isso, o governo impôs
severas leis para restringir o trânsito em Teerã. O rodízio que vigora
atualmente tira cerca de metade dos veículos das ruas todos os dias. Mas essas
são medidas de curto prazo e não têm um impacto real a longo prazo.
Sem uma estratégia
governamental efetiva para coibir a poluição, a população precisa esperar pela
chuva e pelos ventos para levar a névoa embora.
No hospital Farmaniyeh, no
nordeste da cidade, as crianças tossem na sala de espera.
“Ouça sua mãe, tente não sair
de casa e beba água e leite o máximo que puder”, diz o dr. Bahrami para um
garoto de 10 anos que tosse ao respirar.
“Você pode misturar água
quente e mel e dar para ele beber”, diz o médico à mãe do garoto.
Com a população de 14 milhões
de pessoas, Teerã precisa de um plano estratégico para lidar com a poluição.
Mas quando os ventos retornarem e a poluição for reduzida, o problema será
rapidamente esquecido – até a névoa marrom voltar a tomar a cidade.
Brasil
Enquanto na capital do Irã,
uma média de 495 pessoas morrem por mês, em São Paulo esse número é de cerca de
300 mortes
Fonte. Mohsen Asgari
Da BBC News em Teerã
O encentivo do governo,é importante.Até acho que a restição no transito ajuda a diminuir a poluicao,mais a concientização do ser humano é o melhor caminho para ajudar na prevenção ao meio anbiente.
ResponderExcluirJose Carlos Bueno 12/02/2013
ResponderExcluirA atitude do governo impor,leis mais severas,fazendo com que diminua a circulação de veiculo ajuda,porem,esta longe de ser o ideal.
Posso dizer que a conscientização da população é de fundamental importância.
Nesse texto, senti um pequeno descaso do governo perante a sociedade, com tanta criança e adulto doente por causa da poluição, não seria a hora do governo tomar medidas que realmente funcionem ,já que "rodizio" não está sendo muito eficaz para a população .Não seria a hora de mobilizar esta capital pelo bem de seus habitantes? Afinal quanto vale a vida de uma pessoa
ResponderExcluirPortanto, com todos esses aspectos prejudiciais gerados pela poluição atmosférica, atitudes para minimizar esse processo devem ser realizadas. Além da cobrança das autoridades para implantação de políticas públicas que gerem menos poluentes (implantação de ciclovias, maiores investimentos em transporte coletivo para reduzir o número de automóveis nas cidades, entre outros), devemos mudar alguns hábitos como: evitar a aquisição de produtos que tenham CFC´s (Clorofluorcarboneto), não realizar queimadas, redução na produção de lixo (realizar a coleta seletiva). Com a mudança de atitude individual podemos contribuir para o meio ambiente, podendo desfrutar de um ar puro e saudável.
ResponderExcluirpodemos minimizar essa situação com nossas atitudes,mesmo sendo pequenas fazem grande diferenças,e e triste saber q isso está a acontecendo no mundo.....q sirva de alerta
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